Archigram e metabolismo

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Um grupo inglês chamado Archigram, começou a projetar imagens neofuturistas em 1961, o grupo tinham surprendente afinidades com os metabolistas japoneses. O grupo Archigram teve uma abordagem leve e high tech nos seus projetos, entregou-se a formas irônicas de ficção cientifica, em vez de soluções que fossem projetadas ou passíveis de serem realizadas e apropriadas pela sociedade, estavam mais interessados no apelo sedutor do imaginário da era espacial, no caso “armagedônicos” de sobrevivência tecnológica. O projeto de walking cities de Ron Herron (figura acima) por exemplo, fora concebido como estruturas que se arrastem por um mundo depois de uma guerra nuclear, é como uma salvação, um plano de fuga, assim com ocorre com o projeto de uma cúpula geodésica no centro de Manhattam, no caso para proteção da poluição ou precipitação radioativa na eventualidade de um ataque nuclear. Eram fanáticos por cápsulas suspensas, não tinham nenhuma preocupação com conseqüências sociais e ecológicas em sua megaestruturas.
Pensaram também, em unidades autônomas projetadas para só uma pessoa ou casal.

Segundo Kenneth Frampton: “se alguma coisa estava destinada a reduzir a arquitetura ao nível das atividades de certas espécies de insetos e mamíferos, eram sem dúvida, essas células residenciais projetadas pelo Archigram”

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Kukutake, projeto cidade marinha. 1958

Os metabolistas japoneses, citados acima, reagindo às pressões da superpopulação de seu país, começaram, no final dos anos 50 a propor o desenvolvimento e adaptação de megaestruturas de encaixe, nos quais as células vivas seriam reduzidas a casulos pré-fabricados presos a enormes arranha- céus helicoidais. Como exemplo, as cidades flutuantes de Kiyonari que estão entre as visões mais poéticas do movimento metabolista. Um outro exemplo que pode ser comparado ao Archigram está na sky house de Kikutake e a torre de Nagakincom cápsula para solteiros que fora construída em Tóquio, apesar de poucos conceitos do movimento terem sido utilizados na prática.

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